Vida: viver a crise de paradigmas
Por Virgínia Machado
Resumo: este texto tenta demonstrar a relação existente entre o senso crítico, tratado pelas reflexões acadêmicas e o senso comum, vivenciado por todos nós. Queremos validar o conhecimento vital, que busca na racionalidade conteúdo e forma para compreender-se e ao mundo.
Introdução
Imediatamente ao pensar sobre o que escrever sobre a vida, já me ocorre que vida e crise[1] são quase que sinônimos, mas isto poderia ser a conclusão desta reflexão. Bem, mesmo assim ela motiva a narrativa de uma reflexão que vem sendo feita já há algum tempo. Derramá-la em palavras no papel pode ajudar-me na permanência reflexiva. Tem sido consenso, desde o senso comum ao senso crítico, e deste àquele, a consciência de que vivemos uma crise desencadeada por acontecimentos bombásticos ocorridos no século passado. Esta consciência toma vulto no pós II Guerra Mundial[2]. Havia a necessidade de reconstrução das sociedades mais atingidas. Mas elas jamais seriam as mesmas. A crise provocada por aquela guerra conseguiu reerguer nações materialmente, mas o espírito fundado pelo homem da razão, emergido do Renascimento e da Revolução Francesa, o mesmo que organizara a sociedade burguesa, falira. Este já não sustenta a legalidade de suas certezas científicas, éticas e estéticas (Habermas, 1988). Leia mais...
Imediatamente ao pensar sobre o que escrever sobre a vida, já me ocorre que vida e crise[1] são quase que sinônimos, mas isto poderia ser a conclusão desta reflexão. Bem, mesmo assim ela motiva a narrativa de uma reflexão que vem sendo feita já há algum tempo. Derramá-la em palavras no papel pode ajudar-me na permanência reflexiva. Tem sido consenso, desde o senso comum ao senso crítico, e deste àquele, a consciência de que vivemos uma crise desencadeada por acontecimentos bombásticos ocorridos no século passado. Esta consciência toma vulto no pós II Guerra Mundial[2]. Havia a necessidade de reconstrução das sociedades mais atingidas. Mas elas jamais seriam as mesmas. A crise provocada por aquela guerra conseguiu reerguer nações materialmente, mas o espírito fundado pelo homem da razão, emergido do Renascimento e da Revolução Francesa, o mesmo que organizara a sociedade burguesa, falira. Este já não sustenta a legalidade de suas certezas científicas, éticas e estéticas (Habermas, 1988). Leia mais...
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